Aluguel pode aumentar 10,72% na capital e reajuste afeta famílias com renda mais baixa

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Mesmo com novos valores aplicados até em bairros mais afastados do centro de Palmas, faltam imóveis para os interessados. Reajuste do aluguel é aplicado mesmo em bairros mais afastados do centro da capital
O valor dos contratos de aluguel de imóveis podem sofrer reajustes, conforme os novos índices, em até 10,72% neste mês de junho. Diante do novo aumento, quem sente o impacto mais forte no bolso são as pessoas com renda mais baixa.
Morando de aluguel na região sul de Palmas, a auxiliar administrativo Maria Ivanilde Alves ganha um salário mínimo e compromete cerca de 40% da renda para ter onde viver.
“Tomo remédio controlado e todos os meses eu tenho que abrir mão de comprar remédios para mim e para meu filho porque o dinheiro não dá. E além do aluguel tem que pagar água, luz, alimentação. É uma vida muito difícil”, conta Maria Ivanilde.
O reajuste que ocorre anualmente, geralmente no mês em que o contrato foi assinado entre locatário e locador. Para determinar o valor a ser reajustado, quem aluga um imóvel deve levar em consideração os índices de preço ao consumidor IPCA ou IPCM.
Mercado aquecido
E mesmo com o aumento registrado em junho, o mercado segue aquecido, com muita procura por imóveis disponíveis para aluguel. Conforme a presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do estado, Luana Noleto, faltam casas ou apartamentos para os interessados. “É a lei da oferta e procura. Quanto menos oferta a gente tem, maior vai ser a procura e isso dificulta, gerando um aumento”, diz.
O conselheiro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) Palmiro Viana, explica que o cálculo é feito com base na somatória dos últimos 12 meses e que, com o retorno de aulas presenciais e chegada de estudantes que procuram por imóveis para alugar na capital, isso também afeta os preços, causando o aumento.
Para tentar evitar ter contratos reajustados anualmente, uma das saídas é negociar o tempo do contrato. “A dica é que as pessoas façam contratos menores. Se as coisas apertarem, você pode mudar”, orienta o economista Pedro Henrique Furtado.
Bairros afastados do centro também sentem o impacto do aumento
TV Anhanguera/ Reprodução
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Fonte: G1 Tocantins