Menino de 10 anos faz transfusão de sangue a cada 15 dias para sobreviver e aguarda doador para transplante de medula óssea

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Segundo a família, doença foi descoberta em julho deste ano. Saiba o que é preciso para se tornar um doador de medula óssea e salvar vidas. Cadastro de medula óssea ajuda a salvar vidas
Um julho deste ano, o pequeno Murilo, de apenas 10 anos, foi diagnosticado com uma síndrome em que a medula deixa de produzir sangue para o corpo. Mesmo com tão pouca idade, ele precisa passar por um procedimento de transfusão a cada 15 dias. Para se curar da doença, o menino precisa de um transplante de medula óssea. O problema é encontrar um doador compatível.
“Quando acontece com a gente, que a gente vai parar para analisar com calma, com tranquilidade a importância. Porque já pensou uma pessoa depender de uma medula óssea, que no Brasil pode ter milhares de pessoas que podem ser compatíveis, mas às vezes têm medo”, disse a mãe de Murilo, Nayara Oliveira. A família é de Araguaína, no norte do estado.
Murilo faz transfusão de sangue a cada 15 dias
TV Anhanguera/Reprodução
Essa dificuldade de localizar um doador que seja compatível é mais visível quando são abordados os números. Segundo Magna Bueno, enfermeira Hemocentro de Araguaína, é preciso cadastrar as amostras de pelo menos 100 mil interessados para que seja encontrado um doador. “O paciente tem que encontrar a pessoa. Se não encontrar, ele vai à morte porque o que salva a vida dele é a medula óssea de um doador voluntário.”, explicou.
Cadastros desatualizados
Outro problema que pode impedir que vidas sejam salvas é a desatualização do cadastro de pessoas que já fizeram doações.
“A gente reforça para os doadores que já estão cadastrados que toda vez que eles mudam endereço ou telefone, que eles possam entrar em contato com o serviço aqui do Hemocentro para que a gente possa atualizar seus dados cadastrais. Em uma possível compatibilidade, fica fácil para a gente conseguir acesso a essa pessoa e dar segmento às fases sequenciais”, afirmou o supervisor de cadastro do hemocentro Osmar Negreiro Filho.
Como ser doador
Para se tornar um doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 35 anos e estar com um com quadro de saúde. São retirados apenas 5 ml da amostra, e o interessado por diversos exames. Se o doador for compatível com algum paciente que está aguardando o transplante, todo o processo é administrado pelo Ministério da Saúde.
Em Araguaína, no norte do estado, o hemocentro coletou mais de 800 amostras em 2022.
A professora Iva Silva sabe da importância para quem precisa de medula óssea e desde 2015 está cadastrada como doadora.
“O ato de doar é uma ação de solidariedade. E o transplante de medula é única chance de cura que o paciente tem. Então se eu posso fazer parte dessa possibilidade de salvar a vida de alguém, porque não?!”, disse Iva.
Para doar, o interessado pode procurar as seguintes unidades da rede de hemocentros do estado:
Hemocentro Coordenador de Palmas – (63) 3218-3232/3292 – atende das 07h às 18h e aos sábados das 07h as 13h;
Unidade de Coleta ao anexo do HGP – (63) 3218-7340 – atende das 07h às 18h;
Hemocentro Regional de Araguaína – (63) 3456-1343 – atende das 07h às 13h;
Unidade de Coleta e Transfusão de Porto Nacional – (63) 3363-8321 – atende das 07h às 13h;
Núcleo de Hemoterapia de Gurupi – (63) 3312-2237/3312-7545 – atende de segunda a sexta: 07h às 18h30, Sábado de 7h às 13h.
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Fonte: G1 Tocantins