Desde o início da semana, cidades da região estão em situação de atenção por causa da cheia nos rios. Acumulado das chuvas de dezembro chegou a 500 milímetros no estado, segundo o Inmet. Cheia dos rios no sul do estado afetam população ribeirinha
Por muito pouco, moradores de uma ilha localizada no município de Peixe, no sul do estado, quase perdem eletrodomésticos após o aumento no o nível nos rios da região. Eles precisaram retirar os equipamentos de barco às pressas. A cidade está em alerta por causa das constantes chuvas.
A artesã Rosilda Vasconcelos falou da preocupação que sentiu ao perceber que a água se aproximava das casas e de acontecer o mesmo que no ano passado. “Foi muito corrido, muito preocupante, mas deu tempo da gente recolher as coisas que estragam mais, televisão, geladeira, freezer, essas coisas. No ano passado não deu tempo de recolher as coisas”, contou.
Desde o início da semana, cidades da região estão em situação de atenção por causa da cheia nos rios, mas segundo os brigadistas, nesta sexta-feira (30) a situação começou a voltar ao normal.
“O rio já está chegando aos níveis normais, a vazão tinha chegado a 5.8 mil metros por segundo. A gente fez as orientações, fomos em ranchos, fomos em ilhas, orientando o pessoal que quem tivesse seus pertences nessas ilhas e ranchos retirassem rapidamente porque o rio estava subindo”, explicou o brigadista Wildson Souza.
Geladeiras são transportadas de barco pelo rio em Peixe
Divulgação
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Quantidades
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no mês de dezembro o estado superou o esperado de chuva. Em algumas regiões, o acumulado chegou a 500 milímetros.
“As chuvas que ocorreram no Tocantins ao longo do mês de dezembro foi devido às ZCAS, que são as zonas de convergências do Atlântico Sul, que seria uma banda de nebulosidade. Então no mês de dezembro houve dois episódios de ZCAS. Esse sistema se posicionou um pouco mais ao norte do seu posicionamento climatológico. Sendo assim acabou atuando em cima do Tocantins. Esse sistema favoreceu essas chuvas acima da média”, afirmou Jeane Lima, meteorologista do Inmet.
Nesta sexta-feira (30), a usina hidrelétrica de Lajeado emitiu um alerta para que os moradores evitem usar áreas abaixo da barragem. Com as chuvas contínuas, o reservatório da usina fica mais cheio e é preciso liberar uma quantidade de área.
A vazão chegou a 10 mil metros cúbicos por segundo, voltou para cinco mil. O normal seriam 2 mil metros cúbicos. E isso pode impactar as cidades do Bico. Segundo o diretor da Defesa Civil do Estado, major Alex Matos, há monitoramento nas regiões.
“Municípios ali próximos que sofrem em razão de estarem localizadas em áreas mais baixas, mais propícias a serem inundadas. Porém estamos sempre em constante acompanhamento com outros municípios”, disse o major.
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Fonte: G1 Tocantins